Artigo de Paulo Costacurta de Sá Porto e Francisco Marcelo Rocha, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo, Unifesp.
O objetivo do artigo é desenvolver um índice de competitividade para os 645 municípios
do estado de São Paulo (ICM-SP). As cidades foram classificadas de acordo com um índice de competitividade geral e segundo cinco dimensões da competitividade. Além disso, foi realizada uma análise espacial de dados exploratória (AEDE) com os dados do ICM-SP. Os resultados mostram que cidades com níveis de competitividade semelhantes tendem a se situar próximas umas das outras, o que demonstra a presença de clusters espaciais no estado de São Paulo. O aglomerado de cidades com alta competitividade se estende da Região Metropolitana de São Paulo até a Região Metropolitana de Campinas, chegando a um cluster em torno de Ribeirão Preto. Verificou-se também que as cidades com os maiores índices de competitividade são, na sua maioria, de médio porte, em geral parte de áreas metropolitanas lideradas por uma ou mais cidades grandes. Quanto às cinco dimensões da competitividade, aquela referente à alta competitividade urbana/ambiental e sociodemográfica engloba, principalmente, cidades médias. Já as menores tendem a ter um melhor desempenho na dimensão fiscal/institucional, enquanto as grandes e médias tendem a se destacar na dimensão econômica. Na dimensão da inovação, observa-se um conjunto de cidades com alto desempenho que se espalham de São José dos Campos para São Paulo e para Campinas, além de um outro cluster em torno de Ribeirão Preto.
Este artigo foi publicado originalmente na Revista Brasileira de Inovação, Campinas (SP), 17 (1), p. 63-88, janeiro/junho 2018. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.