Análise da implantação do sistema Bus Rapid Transit em grandes centros urbanos

Artigo de Ruane da Cunha Gracio e Sergio Vicente Denser Pamboukian da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

Estação-tubo e ônibus biarticulado, ícones do primeiro sistema BRT do mundo, implantado em Curitiba, Paraná, na década de 1970. Crédito: Wikipedia

Os grandes centros urbanos, por serem atrativos populacionais, acabam tendo que
desenvolver alternativas viáveis para que os deslocamentos sejam feitos de maneira
segura e eficiente. Enquanto existirem baixos investimentos nos meios de transporte
coletivos, os congestionamentos formados por veículos individuais irão se tornar cada
vez mais caóticos, gerando perdas financeiras, de tempo, aumento do stress e poluição
do meio ambiente. A implantação do sistema coletivo Bus Rapid Transit (BRT) poderia
ser uma alternativa para aliviar os meios de transporte já existentes em uma certa
região, visando atrair uma parte dos usuários dos meios coletivos já saturados. Os autores do artigo fizeram um estudo de caso utilizando o Visum, software de macrossimulação,
para analisar os impactos causados pela implantação desse sistema na Avenida
Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. Por meio da simulação, foi possível ver que o
BRT apresenta vantagens ante os trens e metrôs da região. A capacidade de adaptar a quantidade de veículos com a demanda, é possível manter as condições de conforto e segurança aos usuários, mesmo em horários de pico, reduzindo as superlotações dos outros sistemas de transporte coletivo da região.

Artigo publicado originalmente na Revista Mackenzie de Engenharia e Computação, São Paulo, v. 18, n. 1, p. 125-146, 2018.