Unicamp terá novo centro de pesquisas relacionadas ao petróleo

Uma reunião técnica ocorrida nesta segunda-feira (18) marcou a primeira atividade do Centro de Pesquisa em Engenharia em Reservatórios e Gerenciamento de Produção de Petróleo, que será sediado na Unicamp, mais especificamente no prédio onde funciona


Professor Antonio Carlos Bannwart, coordenador do novo centro. Crédito: Antonio Scarpinetti

Uma reunião técnica ocorrida na última segunda-feira (18) marcou a primeira atividade do Centro de Pesquisa em Engenharia em Reservatórios e Gerenciamento de Produção de Petróleo, que será sediado na Unicamp, mais especificamente no prédio onde funciona o Centro de Estudos de Petróleo (Cepetro). A unidade é resultado de um acordo de cooperação entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Equinor, estatal norueguesa da área de energia, que lançaram conjuntamente um edital vencido pela Universidade. Os objetivos do Centro de Pesquisa são buscar soluções inovadoras para otimizar a produção e a eficiência de poços de petróleo, recuperar reservatórios e melhorar o gerenciamento da água retirada junto ao petróleo nas atividades de perfuração e extração.

O lançamento oficial do Centro de Pesquisa ocorreu na terça-feira (19), na sede da Fapesp, em São Paulo. De acordo com o pesquisador responsável pela unidade, professor Antonio Carlos Bannwart, o acordo terá duração de dez anos, sendo que a Fapesp e a Equinor liberarão, meio a meio, recursos da ordem de R$ 25 milhões nos primeiros cinco anos e o mesmo valor no quinquênio seguinte. “Esses montantes serão aplicados, por exemplo, na construção de mais um pavimento no prédio do Cepetro, na compra de equipamentos e no pagamento de bolsas de estudos”, explicou.

Ao todo, conforme Bannwart, o Centro de Pesquisa contará com 60 pesquisadores – 47 bolsistas de pós-graduação e 13 professores, quase todos da Unicamp e pertencentes a diferentes áreas do conhecimento, como Matemática, Ciência da Computação, Engenharia Mecânica, Geologia etc. “Nós vamos trabalhar a partir de dois eixos principais: Engenharia de Reservatórios e Sistema de Produção, tendo por meta melhorar as diversas técnicas e metodologias empregadas na operação desses setores”, acrescenta.

O diretor do Cepetro, professor Denis Schiozer, observa que além de realizar pesquisas de alto nível associadas à formação de recursos humanos, o Centro de Pesquisa terá outras missões, como a difusão do conhecimento gerado e o desenvolvimento de tecnologias que possam ser patenteadas e posteriormente aplicadas pela indústria do petróleo. Andrea Achoa, gerente de tecnologia da Equinor no Brasil, assinala que a empresa tem grandes expectativas que o Centro de Pesquisa gere soluções inovadoras que ajudem a superar os desafios enfrentados nas atividades ligadas à exploração do petróleo.


Andrea Achoa, gerente de tecnologia da Equinor no Brasil . Crédito: Antonio Scarpinetti

Segundo ela, as pesquisas desenvolvidas na unidade contarão com a participação de representantes da Equinor, o que permitirá não somente o intercâmbio profissional, mas também cultural. Além disso, acrescenta o gerente de pesquisas da estatal norueguesa no Brasil, Ruben Schulkes, estudantes de pós-graduação da Unicamp terão a oportunidade de cumprir períodos de estágio na sede da empresa na Noruega. “Nosso objetivo é estabelecer parcerias com as boas universidades brasileiras, como a Unicamp, com o propósito de gerar bons frutos para todas as partes envolvidas no esforço de colaboração”, pontua Schulkes.

Atuação internacional- A Equinor é uma estatal norueguesa [67% das ações pertencem ao governo da Noruega] de produção de energia. A empresa tem atuação internacional. Está presente em cerca de 30 países. Emprega perto de 20 mil pessoas e produz 2 milhões de barris de petróleo por dia. Segundo dados do site da Equinor, 170 milhões de pessoas distribuídas pelo mundo recebem energia produzida pela companhia, contingente próximo ao da população de Bangladesh.

Fonte: Portal Unicamp e Agência Fapesp