Artigo de Maurício Feijó Cruz, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e Francisco César Pinto da Fonseca, pesquisador do Departamento de Gestão Pública, da Fundação Getúlio Vargas, e do Departamento de Política da PUC São Paulo.
O artigo analisa as relações entre as atividades de planejamento urbano no Brasil – em especial da mobilidade urbana e do uso do solo – tensionadas pelas dinâmicas do capitalismo pós-fordista, representando modelo de acumulação ao qual o planejamento governamental tende a se adaptar, embora num processo permanente de embates e contradições. Tendo em vista a Política Nacional de Mobilidade Urbana e o Estatuto da Metrópole, e à luz dos processos de espraiamento territorial dos aglomerados urbanos em escala regional, procura-se compreender perspectivas e diretrizes para que o planejamento da mobilidade urbana e metropolitana, objeto dos Planos Municipais de Mobilidade Urbana e Planos de Desenvolvimento Urbano Integrado, superem abordagens setoriais de transporte alheias à realidade advinda das dinâmicas do capital no espaço urbano.
O artigo foi publicado originalmente nos Cadernos Metrópole, v.20, n.42 (2018).