Artigo de Luís Eduardo Salvucci Rodrigues, psicanalista e escritor. O artigo foi publicado originalmente no site do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas (IHGG) em agosto de 2019.
O autor apresenta um resultado parcial do que foi apurado até o momento sobre as séries de cartões postais de Campinas, editadas no período de 1900 a 1960 e algumas imagens de sua transformação urbana.
Pelas edições de cartões postais de Campinas é possível constatar as transformações da cidade em apenas 60 anos. A partir de 1900, nos 30 anos seguintes houve poucas mudanças na parte central da cidade e em seus arrabaldes, apenas a construção de novos edifícios públicos e particulares, muitos de autoria do renomado engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo, mas que não alteraram seu aspecto provinciano.
A partir dos anos 1940, acompanhando o crescimento urbano planejado, vemos as casas coloniais e sobrados cederem espaço para os edifícios. Surgem novos bairros, registrados nas panorâmicas tiradas a partir da torre da Catedral. Ruas e avenidas ficaram largas e se encheram de carros e gente.
No início dos anos 1950, uma explosão de crescimento. A área urbana da cidade triplicou[12], os edifícios construídos no centro são cada vez mais altos. Agora, só as fotos aéreas são capazes de captar esse crescimento. Novos bairros surgiram, construíram-se estádios e clubes de lazer e as praças e jardins ficaram mais belos. Crescimento planejado, aprendemos lendo a análise histórica de urbanistas, baseado no Plano de Melhoramentos Urbanos segundo concepção do projeto de Prestes Maia, de 1934. A casa editora que melhor representou essa fase foi a Foto Postal Colombo, a mesma que registrou a construção de Brasília.