Cidades para quem? Uma caracterização da caminhabilidade em Campinas-SP

Dissertação de mestrado de Renan Cavalcanti Toricelli, defendida na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp.

Crédito Gilson Machado/Prefeitura Municipal de Campinas

Andar a pé é a principal e mais democrática forma de deslocamento, correspondendo a mais de um terço das viagens diárias nas cidades brasileiras. De forma geral ao longo do último século, a construção dos espaços urbanos não tem ocorrido de forma a considerar o pedestre como protagonista da vida urbana, com graves prejuízos à mobilidade e à fruição do direito à cidade. Frente a esse cenário, têm crescido nos últimos anos discussões sobre a ideia de caminhabilidade, conceito relacionado às qualidades do ambiente construído que promovem um espaço confortável, seguro e interessante ao pedestre. Entre os principais argumentos favoráveis a caminhabilidade estão os benefícios à saúde, à economia e à sustentabilidade socioambiental.

Esse trabalho teve como objetivo caracterizar os aspectos do desenho e da forma urbana relacionados ao conceito de caminhabilidade em ambientes públicos destinados ao pedestre, tendo como objeto de estudo a região central da cidade de Campinas-SP. Após pesquisa em literatura selecionada, trabalhou-se em cinco ‘dimensões’ de percepção dos espaços: visual, segurança, conforto, funcional e morfológica. Foi elaborada uma metodologia composta de observações estruturadas e não-estruturadas do espaço, trajetos de observação e pesquisas com usuários da região para a composição de um Indicador de Caminhabilidade.

Concluiu-se que, apesar das múltiplas variáveis através das quais se pode examinar esse conceito, sua caracterização demanda uma abordagem completa. Nesse sentido, cumprir todos os requisitos de um espaço plenamente caminhável é um desafio complexo que se apresenta a nossa frente. O estudo pode auxiliar o desenvolvimento de futuras propostas urbanas com foco no pedestre.

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